Madalena Aragão e Tomás Taborda

Madalena Aragão e Tomás Taborda

Entrevista por Patrícia Domingues

Fotografia por Frederico Martins

Styling Larissa Marinho

Powered by Levi's e Victoria Shoes

Aristóteles comparou a juventude à condição de uma intoxicação permanente e o cheiro hoje no set não podia ser mais doce. A vida sabe a pastilha elástica de morango quando temos o mundo todo pela frente. Talentos da representação em ascensão, Madalena e Tomás não são de mascar e deitar fora.

Em plena cultura de cancelamentos, ascensões meteóricas e influencers somos cada vez mais vulneráveis à rejeição e à descartabilidade, enquanto nos tornamos cínicos, difíceis de impressionar, velhos do Restelo sem contar com a idade. Nem tudo é mau: o excesso de informação e a desconfiança têm-nos tornado de certa forma mais exigentes, as cadeiras levam mais tempo a virar. Somos detetores humanos de filtros, na mesmo medida em que vemos star quality a léguas, mais ainda quando ela está frente a frente. Pipipipipipi. 5 minutos de flashadas e Tomás Taborda é um talento inegável. Ainda antes de se posicionar frente à câmara com a destreza de quem parece que sempre lá esteve, já se comentava pelo estúdio as características que separam o trigo do joio. Bonito, simpático, profissional, educado, de uma leveza que faz com que tudo lhe assente bem. Move-se com uma dose equilibrada entre experimentação/inocência e autoconhecimento. Fala com voz de rádio – as pausas nos momentos certos –, e ao mesmo tempo atropela-se em pensamentos e sorri com a boca toda, os olhos quase fechados. No segundo ano da licenciatura na Escola Superior de Teatro e Cinema, é a estrela da nova temporada de Morangos com Açúcar, a série coming-of-age que marcou a adolescência de todos os agora adultos que comentam “isto não é a série que era”. Pois não, nem seria bom sinal: os tempos e os miúdos não são os mesmos, ou conseguiria imaginar Pipo de unhas pintadas, colar de pérolas e crop top? E isto pode nem ser de todo a parte mais relevante sobre a série, Harry ou o próprio Tomás, mas o que estaríamos aqui a fazer se não soubéssemos reconhecer o poder da moda para mudar mentalidades? “Esta personagem, o Harry, é muito interessado por uma moda que não tem género. Eu pesquisei muito sobre Moda e vi que Jean-Paul Gaultier, acho que foi nos anos 80, lançou pela primeira vez um homem de saia numa coleção e, lá está, eu tento ir ao pormenor das situações para depois perceber como é que eu posso trazer isso para esta personagem, porque claramente isso deverá ter sido uma referência para o Harry.” A relação da personagem com o estilo não é tão distante da que enfrenta ao espelho. “A moda também é muito sobre sermos sensíveis connosco próprios”, reflete. “Porque é que eu quero usar isto? Porque é que eu quero usar isto muitas vezes? A moda é algo muito importante para mim pela forma como me expresso e é importante para as pessoas que se identificam com aquilo que eu faço e com aquilo que eu defendo.” O que é que tu gostas de passar através da tua imagem? “Confiança, acho que a confiança é sempre necessária. Mas também acho que é importante não mostrarmos logo quem somos, o mistério é atraente, apesar de eu não me calar”, sorri. Mais um flash, uma pose, uma mudança de look: “Desconstruam-me à vontade, isso é o que eu mais quero, é sair de mim mesmo e poder ver outras realidades.”

Madalena Aragão chega ao set sem darmos por ela, mas rapidamente percebemos onde é o lugar dela: à frente das câmaras. A sua lista de vários scrolls do IMDB prova uma estreia precoce, desde aos 10 anos que trabalha como atriz, hoje tem 18. Os olhos muitos grandes absorvem tudo o que está à sua volta, é atenta às indicações do fotógrafo, brinca com a roupa (mais tarde revela que recentemente começou a querer explorar mais o seu estilo) e o corpo com uma naturalidade inebriante. Sempre gostou de ter as atenções voltadas para si, desde os espetáculos espontâneos que fazia para o seu público familiar em criança. Já quis ser princesa, mas as entranhas sempre lhe indicaram o seu verdadeiro lugar. “É uma paixão quase estúpida. É uma coisa louca que vem de dentro, eu não consigo explicar porque é que eu gosto. Há tantas maneiras diferentes de cada pessoa interpretar e tantas personagens diferentes, ou seja, os dias não são sempre iguais, não é, tipo, acordar às nove e apagar às cinco”, explica o amor à profissão de atriz. É movida a adrenalina, uma sensação quase aditiva que a faz esquecer de tudo o resto. “Estás ali e nada existe.” Parece totalmente à vontade, mas conta-nos que há um desconforto inerente, constante, que a faz manter-se à tona. “Nunca me posso deixar sentir confortável porque a partir do momento em que estás confortável não procuras mais. Eu acho que o ser humano é muito assim, o ser humano procura quase o desconforto, que é superinteressante. Eu gosto de estar desconfortável, gosto de encontrar algum conforto nesse desconforto e estar sempre à procura de mais e mais.” Estrela em Morangos com Açúcar e num trabalho internacional ainda confidencial (onde aprendeu muito, inclusive o quanto gosta de viver em Portugal), cresce em cada personagem, projeto, nas pessoas com quem se cruza, numa “aprendizagem constante muito bonita”. “Acho que temos de ser esponjinhas sempre.” A curiosidade é, de facto, uma característica inata de um ator. Tomás ausculta de forma atenta os estímulos do seu corpo à novidade e facilmente se perde em pesquisas por temas que lhe prendam a atenção. Impulsivo e ponderado, numa incoerência que vem em parte dos seus 21 anos, diz que está em “febre de mudança”. “E espero que se mantenha até aos meus 70 anos, não quero sempre mudar alguma coisa, porque acho que é sempre importante termos um motivo na vida, seja o qual for.” O seu motivo neste momento é acabar o curso, ler, investigar, apostar na sua formação enquanto ator e ser humano. Da sua lista de referências surgem nomes pouco comuns para alguém da sua idade. A escritora Patti Smith, a realizadora libanesa Nadine Labaki, a bailarina Pina Bausch, Lady Gaga. O que têm em comum? Para Tomás, a verdade. “Eu sou muito a favor da verdade e eu acho que um artista é alguém que, para além de apelar muito à verdade, aquilo que faz tem de suscitar algo no outro. Acho que é essa a nossa função enquanto artista e a nossa responsabilidade é pensar sempre o que é que o outro vai sentir ao ver-me fazer isto. Também é para isso que a arte serve. Nós vemos um quadro e aquilo faz-nos pensar, vemos um espetáculo e aquilo faz-nos pensar, um filme. E acho que, para mim, esses estímulos, a reação que têm em mim ou que eu procuro é mesmo, essencialmente, a verdade num artista. E acho que daí também me identificar tanto ou ver como referência a Pina Bausch, por exemplo, que chegou e conseguiu juntar dança, teatro, performance, super-revolucionária, uma mulher. A Patti Smith, toda a forma como ela escreve, uma frase dela é um mundo que está ali, é muito sensível, é muito humana.”

Madalena Aragão e Tomás Taborda

Camisa Bronson e

calças 568 Stay Loose Levi's

Camisa vintage Às de Espadas

Brincos da produção

Ténis C80 Victoria Shoes

Madalena Aragão e Tomás Taborda

Blusão Original Trucker e

calças Ribcage Straight Ankle Levi's

Sabrinas Od Victoria Shoes

Chega a ser cómico de tão contranatura ver dois miúdos com 18 e 21 anos brincarem com um discman. As gerações Alfa e Z nasceram com o planeta à distância de um scroll, o Spotify a saltitar livremente por entre músicas e estados de espírito, statements que têm o peso de 24 horas. Andy Warhol previu: “No futuro, todos serão mundialmente famosos por 15 minutos.” Como lidam com a fama precoce? Como se movem pelo seu espaço público? Madalena tem mais de 250 mil seguidores na conta de Instagram. Lida bem, diz, um retrato da tranquilidade. “Eu acho que há uma imagem um bocadinho errada de que as pessoas não podem existir quando têm plataformas”, comenta. “Ou seja, eu partilho nas minhas plataformas o que eu quero partilhar e há muitas coisas que me acontecem que eu, se calhar, não partilho. Felizmente ainda consigo balançar muito bem tudo e ter uma vida superprivada e ao mesmo tempo o que eu quero publicar publico.” Numa perspetiva de um espaço entre amor e ódio, Tomás Taborda diz-se acima de tudo a favor da liberdade e tenta que as suas redes sociais o reflitam. “Eu sinto que a atenção pode ser destrutiva de alguma forma”, comenta. “Acho que é importante ter os pés assentes na terra porque hoje estou aqui e amanhã posso estar noutro sítio qualquer e acho que ainda tenho um longo caminho pela frente. Temos de ser conscientes porque nós somos todos muito descartáveis hoje em dia. Então é importante sabermos de onde é que viemos, quem é que somos. Claro que esta atenção eu sinto só agora que saiu o projeto, porque enquanto estava a fazê-lo isso não era algo que me passasse pela cabeça – até porque sinto que se isso passasse pela cabeça era algo negativo, porque acho que não temos de nos preocupar com os holofotes enquanto estamos a fazer o nosso trabalho.”

Li que a Madalena queria ganhar um Óscar. “E continua a ser um objetivo. E só vai deixar de ser quando ganhar um.” Os olhos de menina amadurecem, a voz ganha um tom sério. “Estou bastante focada nos objetivos que tenho, mas o caminho que faço até lá pode ir alterando. Não sou tipo, ‘ah, quero fazer isto. E agora quero fazer uma série juvenil. E agora quero fazer um filme.’ Quero ganhar um Óscar. E se quero ganhar um Óscar, vou querer ganhar dois. O caminho para chegar até lá, esse é que acho que é o que virá.” Sobre referências diz que são muitas. Tentamos sacar-lhe o nome de um colega de profissão, mas rebate. “Eu acho que um ator não se pode inspirar apenas no trabalho de outro ator, tem de se inspirar em trabalhos dos técnicos, das pessoas com quem se trabalha. Tem de se inspirar nas próprias vivências, ir para a rua e ver, e experienciar e viver. Não te consigo dizer uma pessoa que me tenha inspirado, que eu queira seguir exatamente as mesmas passadas, porque eu gosto de ser individual e de seguir o meu caminho. Sim, claro que há projetos que eu te digo assim, fogo, quem me dera.” Tipo o quê? “Opá, eu não sei, Euphoria, quem me dera, mas não te consigo dizer só uma pessoa que eu me inspire, porque inspiras-te em milhares e milhões de coisas, é na vida. Felizmente, o trabalho de ator é inspirar-se na vida.” Já o futuro de Tomás Taborda “são muitas coisas”. Ele canta, ele representa, mas o que quer mesmo é ser ator. Seguro sem ser presunçoso, conta que a confiança vem da sua educação. “De não ter medo de ser eu próprio, de não ter medo de expor as minhas opiniões, mas acima de tudo, antes de as expor, de saber fundamentá-las. Eu acho que o medo nos pode consumir muito. Todos nós temos medo de muitas coisas, mas o medo consome-nos. Então eu sinto que, se nós estivermos sempre a pensar, ‘ah, eu tenho medo de fazer isto, tenho medo de dizer aquilo’, claro que temos sempre de pensar que aquilo que vamos dizer não vai afetar a liberdade do outro. Mas temos de saber porque é que temos esta opinião ou porque é que nos sentimos desta forma.”

Como é bom estar na presença da juventude, relembrar o que já fomos, o que já quisemos, repescar a vida quando não havia ‘a vida’ nela mesma. No horizonte de Madalena e Tomás, todos os sonhos são possibilidades. Têm a inocência da idade a servir-lhes de combustível e a oferecer-lhes o deslumbre impermeável pelo que a vista lhes oferece. No fundo, eles espelham o que nos mantém a todos por cá: os pés sobre a terra, a cabeça nas nuvens, o aroma inebriante da esperança. “Claro que há sempre uma ânsia de fazer mais, de dizer mais, de lutar mais”, diz Tomás. “Mas acho que também temos de dar tempo ao tempo. Estamos todos a viver pela primeira vez.”

MA_TO 1

Blusão Sherpa Trucker, t-shi" RT vintage,

calções 501 e cinto Chuncky Center Bar Levi's

Ténis C80 Retro Victoria Shoes

MA_TO 10

Tomás

Colete Trucker e

calças 568 Loose Straight Levi's

Brincos da produção

Ténis Berlin Victoria Shoes


Madalena

Colete XS Trucker

e calças Ribcage Bell Levi's

Ténis C80 Victoria Shoes

MA_TO 11

Tomás

Camisas Jackson Worker e Barstow Western,

calças 568 Loose Straight e cinto Chuncky Center Bar Levi’s

Brincos da produção.

Ténis C80 Victoria Shoes


Madalena

Blusão Retro Sherpa Trucker e calças Ribcage Bell Levi’s

Camisa vintage Ás de Espada

Ténis C80 Retro Victoria Shoes

MA_TO 12

Tomás

Camisas Jackson Worker e Barstow Western,

calças 568 Loose Straight e cinto Chuncky Center Bar Levi’s

Brincos da produção.

Ténis C80 Victoria Shoes


Madalena

Blusão Retro Sherpa Trucker e calças Ribcage Bell Levi’s

Camisa vintage Ás de Espada

Ténis C80 Retro Victoria Shoes

MA_TO 13

Tomás

Camisas Jackson Worker

e Barstow Western Levi's

Brincos da produção


Madalena

Blusão Retro Sherpa Trucker Levi's

Camisa vintage Às de Espadas

MA_TO 14

Corset Alani, camisa Western

e calças Pleated Wideleg Levi's

Ténis Seul Victoria Shoes

MA_TO 2

Camisa Bronson e

calças 568 Stay Loose Levi's

Camisa vintage Às de Espadas

Brincos da produção

Ténis C80 Victoria Shoes

MA_TO 3

Blusão Relaxed Sherpa Levi's

MA_TO 4

Camisa Ingleside e

calças XX Authentic Chinos Levi's

Ténis Wing Victoria Shoes

MA_TO 5

Camisa Sunrise Trucker

e jardineiras RT Levi's

Ténis Berlin Victoria Shoes

MA_TO 6

Blusão Sherpa Trucker,

t-shi" Essential Spo!y, calças 501 Levi's

Ténis Wing Victoria Shoes

MA_TO 7
MA_TO 8

Blusão Original Trucker e

calças Ribcage Straight Ankle Levi's

Sabrinas Od Victoria Shoes


MA_TO 9

Blusão Original Trucker e

calças Ribcage Straight Ankle Levi's

Sabrinas Od Victoria Shoes

MA_TO Close up 1

Blusão Sherpa Trucker,

t-shirt Essential Spoty, calças 501 Levi's

Ténis Wing Victoria Shoes

MA_TO Close up 2

Camisa Bronson e

calças 568 Stay Loose Levi's

Camisa vintage Às de Espadas

Brincos da produção

Ténis C80 Victoria Shoes

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Fashion

Madalena Aragão e Tomás Taborda
Levi’s

Entre o passado e o futuro, a coleção de primavera/verão 2024 da marca foca-se no seu statement de estilo mais resistente às lavagens: a liberdade.


Falar de básicos de guarda-roupa pode fazer levantar o sobrolho dos mais afincados da moda, mas é mais ou menos como diz o ditado: “só as pessoas aborrecidas é que se aborrecem”. Algumas peças de roupa são tão usadas que se tornam uniformes diários, mas trazendo mais da sabedoria popular à teoria do estilo, não é o hábito que faz o monge.  Uma tela em branco para a autoexpressão, esta estação a Levi’s desafia-nos a pensar além do óbvio com novas propostas de clássicos. E não fomos só nós a puxar pela imaginação: nos ateliers da marca, os designers reinventaram conceitos pré-estabelecidos de peças com inovações em design e materiais, trazendo um tão apetecível – e original – mix entre as estéticas da alfaiataria e do desporto.



Madalena Aragão e Tomás Taborda
Madalena Aragão e Tomás Taborda

Com um baú recheado de referências de moda de várias décadas (afinal, estamos a falar de uma marca criada em 1873), a coleção de primavera/verão 2024 pisca o olho a várias memórias: western, utilitário, alfaiataria, todos estes elementos podem ser detetados pelos mais atentos em detalhes, mas também sentidos nos tecidos super suaves, que se fundem com a nossa pele. A proposta para a estação quente é uma espécie de ‘onde é que já vi isto?’ com ‘nunca vi isto antes’. Como explica a marca, são essenciais elevados para toda a gente usar o que quer, como quer. Na secção feminina, as opções traduzem-se numa escolha de tecidos como a cambraia e em fibras como Tencel e linho, numa paleta de cores que vai dos rosas claros e azuis aos pretos e metalizados e em designs em denim como as tão pedidas calças Ribcage Bell e Baggy Dad, que na sua variedade incluem um modelo fabricado com a ganga mais leve já criada. Os tops e vestidos trazem novos prints e modelagens, numa intenção de “dar às mulheres a liberdade de criar os looks que querem, não interessa o material ou silhueta que preferirem”, diz Jill Guenza, Global VP de Women’s Design na Levi Strauss & Co.


No departamento masculino, a coleção de primavera/verão 2024 mistura referências tão díspares como as western, punk e desportivas em looks de estética vintage, com bordados florais e detalhes de reparos feito à mão. Além dos novos Stay Loose Jeans, cada peça conta uma história: clássicos como as 501 ganham novas versões em tecidos super leves, o Type 1 Trucker que remete às raízes dos casacos de ganga mas modernizadas e os acessórios concentram parte das atenções, oferecendo designs cool e funcionais. “Os homens estão a experimentar com silhuetas e não se deixam ficar por um estilo em particular”, explica Janine Chilton-Faust, Global VP of Men's Design at Levi Strauss & Co. “Quisemos providenciar essenciais intemporais mas refrescados para que os homens se sintam confortáveis a criar looks que sejam únicos como eles”.

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Places

Madalena Aragão e Tomás Taborda
Victoria Shoes

Viajámos até à origem da marca espanhola de calçado para perceber todo o processo de fabricação e descobrimos uma história de amor. 

Estivemos na Rioja, no norte de Espanha, região conhecida principalmente pela produção de vinho e onde está localizada a sede da Victoria Shoes e uma das fábricas. Visitamos os escritórios, o showroom, o armazém e uma das fábricas mais antigas da marca, onde pudemos conhecer melhor a sua história, apreciar o presente e antever o futuro.

A Victoria Shoes foi criada em 1915 por Gregório Jimenez e foi batizada com o mesmo nome da sua esposa e grande amor. Nasceu e vive de amores e comprovamos que não há como o primeiro: as Inglesas. O modelo de estreia da marca, feito em lona de algodão e com uma sola de borracha. Um sucesso no início do século passado, usado e adorado (pela marca e) por gerações de pessoas em todo o mundo e que ainda hoje está à venda.



A Victoria que todos conhecemos nasceu em 1950, data em que o seu dono ampliou a paleta de tons das Inglesas e juntou o inovador processo de vulcanização ao seu processo de produção. Este pode parecer complexo, mas na verdade é bastante simples. A parte superior dos ténis em tecido é costurada, montada e colocada numa forma metálica, sobre a qual é aplicada a sola de borracha natural. Os dois componentes são colados e selados a 180º e, 10 minutos depois, os ténis estão prontos. Uma técnica simples, resistente, duradoura e infalível. Uma receita antiga e de sucesso, à qual após 1950 só se juntou um novo ingrediente à borracha: um irresistível e familiar aroma a morango que se tornou uma característica marcante da Victoria.

Madalena Aragão e Tomás Taborda
Madalena Aragão e Tomás Taborda

A marca pertenceu à mesma família até 1999, data em que foi vendida ao grupo Calzados Nuevo Milenio, que assumiu o controlo das operações. Esta mudança trouxe maior dinâmica, introduziu novos modelos de ténis e parcerias com outras marcas e resultou num novo estilo de comunicação. Todas estas mudanças foram e são regidas pela inovação, por estar a par das principais tendências e pela atenção às necessidades dos clientes. Mas assentam essencialmente na sustentabilidade. Os próprios escritórios foram projetados e construídos para serem uma Passive House, terem uma baixa pegada ecológica e serem energeticamente eficientes. Em alguns momentos, são alimentados apenas pela própria energia que produzem e chegam a produzir mais energia do que consomem. 



Tradicional e com um lado artesanal, a fábrica que conhecemos e onde descobrimos como são produzidas umas Inglesas, fica a menos de 50km dos escritórios e centro de logística, o que contribui para uma cadeia de produção menos poluente. Uma considerável parte do algodão usado na produção deste modelo é cultivado, tecido e produzido em Espanha, sob uma política de proximidade e de baixo impacto ambiental. E uma parte dele é também reciclado. Nenhum detalhe é esquecido: os resíduos da borracha natural usada na produção das solas são reaproveitados e doados para a construção do piso de parques infantis. As próprias caixas dos ténis são recicladas e recicláveis.




Madalena Aragão e Tomás Taborda
Madalena Aragão e Tomás Taborda

Com o passado a escrever o futuro, chegamos ao presente: e é igualmente entusiasmante. Victoria 1985, a linha mais sporty da marca com uma estética urbana, chega à estação quente com as Wing Tech, um modelo de nylon e mesh com solas de três cores e um conceito sem género. Depois de um lançamento de acessórios, Victoria Things apresenta a sua primeira incursão no universo têxtil, com camisolas, t-shirts, toalhas de praia, meias e chapéus com as cores de um verão que se espera doce. Tastes like summer, smells like victoria é também o mote da coleção central de SS24, que nos convida a apreciar os pequenos momentos. A piscar o olho à alegria inocente da infância, a marca mistura tons de gelado com outros mais futuristas, designs clássicos e mais modernos, imaginando a folha em branco perfeita para colecionarmos as nossas memórias preferidas do verão (enquanto nos divertimos a criar os melhores looks).



Atenta às tendências atuais, modelos, materiais e cores mais trendy, a Victoria Shoes é uma marca estabelecida e consolidada em Espanha que pretende espalhar o seu amor pelos quatro cantos do mundo. Em relação a Portugal, podem ficar descansados, não fomos esquecidos.

Victoria Shoes produtos 1
Victoria shoes produtos 2
Victoria shoes produtos 3
Victoria shoes produtos 4
Victoria shoes produtos 5
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SOLO © 2024

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Levis 04
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