Carla Pereira

Carla Pereira

Entrevista por Patrícia Domingues

Fotografia por Frederico Martins

Direção criativa e styling Carol Roquuete

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Fashion

A Moda não estava nos planos, mas hoje entre as passerelles das principais capitais mundiais e campanhas como a de Givenchy Beauty, Carla rendeu-se ao seu papel na indústria. O de uma modelo além de um cabide: opinativa, camaleónica, energética.

Não cresceste a querer ser modelo. Pensaste em ser jornalista, advogada, psicóloga... O facto de ser uma profissão com pouca rotina agrada-te?


Bastante. Há algumas partes na moda que mexem com a minha organização, sou muito organizada e perfeccionista, mas também traz o outro lado de mim em que me dá um nível de vida que se adapta muito as minhas necessidades. Tem sempre o factor novidade, desconhecido. O que faço esta semana normalmente não é o que faço na próxima. Claro que tem os seus prós e contras, porque gostava de saber de determinadas coisas com antecedência para planear, mas não me posso queixar do ritmo que tenho porque também me permite investir em hobbies e outras coisas que gosto de fazer.


O facto de seres alta e magra ‘empurrava’ as pessoas à tua volta a assumir que irias ser modelo. Quando é que isto passou de ser uma coisa que te irritava, baseada numa certa ideia de futilidade e preconceitos do mercado, para algo que te despertou verdadeiro interesse? O que encontraste nesta área que te preenche?


Eu confesso que quando comecei não pretendia fazer disto carreira, até porque foi alguém que conhecia que disse para tentar ir à agencia, à Karacter, mas sem expectativas. Então foi um processo que envolveu mentalizar-me que gostava e que era uma área interessante que me dava acesso a muita coisa que valorizo, como diversidade, oportunidade de conhecer pessoas de sítios diferentes, uma coisa tão simples como saber frases em línguas diferentes, que só sei porque tenho amigos de países diferentes... Sinto que a moda foi um acréscimo à minha cultura e aos meus valores, só não foi algo automático porque era muito nova e não tinha a capacidade de analise que tenho agora.


Tinhas 15 anos quando participaste no Model Tour Karacter, certo?

Sim, sim.


E sempre foste uma pessoa curiosa? Era algo que gostavas que fizesse parte de um futuro trabalho ou que tenha sido incentivado pela tua família?


Uma das áreas que pensei seguir na altura era psicologia e direito, porque tinha tantos ramos por onde explorar. Na altura não sabia ao certo o que queria fazer na vida, mas podia explorar tantas áreas e especializa-me... mas também era o que pensava aos 15 anos, hoje em dia não sei. Os meus pais tinham muito a ideia de que os pais têm que tens de seguir medicina ou advocacia, não pensaram tanto no início no que me chamava mais a atenção. Mas depois chegou a uma altura que perceberam que fazia muito mais sentido deixar-me fazer o que eu queria fazer, porque no final do dia o que interessava era estar satisfeita e feliz com a área. Eles foram bastante abertos.


Na tua infância no Seixal, havia alguma referência desta área da moda?


Não, mais tarde comecei a descobrir que havia pessoas da zona modelos, mas eu não prestava atenção à moda de todo. Foi um gosto que fui adquirindo.


Esse desconhecimento te trouxe alguma originalidade? Ao início pode ter sido isso que te destacou – no sentido de não trazeres influências ou vícios e fazeres as coisas à tua maneira.


Nunca tinha pensado nisso, mas é verdade. Por ter sido desenvolvida na minha pequena bolha de ignorância, acho que fui, não digo autêntica, mas fiel à minha personalidade. Não tinhas bases, cai de para quedas, deparei-me com uma indústria que não sabia nada. Fui adaptando a Carla pré-moda à Carla pós-moda. Foi todo um meio termo ali. Não consigo pensar em quem considerava inspiração, porque nem sabia quem poderia faze-lo. Quer dizer... Sempre gostei muito da Adriana Lima, da personalidade dela, vibe muito cheeky, e por acaso era da moda, e pode ter influenciado.


Já a conheceste?


Não. Era suposto eu estar num desfile onde ela ia estar também, mas apareceu-me um imprevisto qualquer e lembro-me de ficar destroçada.


O que sentes que te destacou, na altura? E que acompanha ate hoje?


Sou uma pessoa de ideias muito fixas, então passei isso para a moda. Opino bastante, tenho a tendência de me impor quando uma coisa não está certa, quando quero dar a minha opinião. Há esta ideia generalizada deque as modelos não têm nada na cabeça... E eu sou aquela pessoa que esta sempre predisposta a aprender ou a ensinar coisas e passo-o muito às pessoas à minha volta. E foi com certeza uma das qualidades que trouxe para a Moda. Também ser uma pessoa organizada, que cumpre horários.


O facto de seres opinativa nunca te prejudicou? Tendo em conta os preconceitos que existem sobre modelos e sobre mulheres...


Já, já. Esperam algo de mim que nem sempre correspondo, porque tenho muita dificuldade em ficar calada quando vejo uma injustiça. Em não partilhar quando sinto que devo faze-lo, não só para o meu bem mas para o bem comum. As vezes posso ser mal interpretada, mas não é defeito, é feitio. Somos muito mais do que meras bonecas, manequins, e é bom passar essa informação às pessoas para que comecem a ter uma visão mais alargada da industria.


Sentes que a tua geração, comparativamente às anteriores, é mais vocal nesse sentido?


Com certeza. Agora temos o espaço e plataformas, social media ajuda muito, para expormos ideias, obstáculos, possíveis soluções... há uma capacidade muito maior de alterar o futuro porque temos ferramentas para isto. Devíamos dar voz e não limitar-nos atrás de um computador. Claro que digo pela positiva, porque tudo vem com prós e contras. Mas já que temos a oportunidade tao boa porque não dar uso dela?

Carla Pereira

Camisa Mango;

Blazer Alves Gonçalves;

Collants Wolford;

Chapéu Hurricane Hats;

Mocassim Sandro;

Brincos e luvas Philosophy

Carla Pereira

Blusa Zara;

Blazer Max Mara;

Casaco Ysl;

Calça Alves Gonçalves;

Sapato Sandro;

Óculos Fendi;

Brincos Materiel;

Hoje em dia até tens páginas de Instagram dedicadas a expor abusos ou situações menos corretas. Muitas vezes a ideia que passa deste meio é de competição. Sentes que na tua experiência, há uma união? Que faça a força.


Com certeza. Ao longo de 8 anos já tenho um grupo de amigos e pessoas que me acrescentam como pessoa, muito bem estabelecido. Quer a nível nacional e internacional. Tenho amigos que quero manter para o longo da vida e de alguma forma sei que não seria possível sem a indústria. Apesar de ser um mundo muito competitivo e com rivalidades é bom encontrar um espaço seguro em que nos sentimos confortáveis. É um mundo de ‘nãos’, um mundo de instabilidade e de rejeição e é bom conseguirmos encontrar o lado colorido com alguém que passa pelo mesmo que nós. Estou muito grata pelas pessoas que tenho a volta porque tornam a minha experiência mais fácil.


Nas tuas entrevistas és bastante vocal sobre questões de racismo na indústria. Aproveitas o teu lugar de visibilidade para trazer estes temas. Que mudanças tens sentido ao longo dos últimos anos e o que ainda falta melhorar?


Em comparação a 2015, quando entrei, há muito mais representatividade. Isto é um pau de dois gumes, claro que existe representividade e começo a ver muito mais modelos negras no mercado, asiáticas. No entanto questiono-me se é mesmo representatividade e vontade de mostrar ao mundo as diversidades que nos rodeiam ou se é a necessidade de querer passar essa imagem, não pelos melhores motivos? Houve uma altura que muitas campanhas eram feitas com modelos negros e depois parece que é por modas... Nem sempre é tão genuíno. Mas volto a referir, é melhor do que nada e está melhor do que era, mas ainda temos um longo caminho a ser feito de valorização e aceitação de diferentes culturas no mercado. E não fazer por fazer, haver um significado por trás. É bom valorizarmos as diferentes que nos rodeiam.


Mesmo pelas próprias equipas. Muitas vezes encontras essa diversidade nos modelos, mas não internamente. O fotógrafo, o stylist, o maquilhador, o cabeleireiro... Quando escolhes um trabalho estas atenta?


Eu faço toda uma pesquisa antes de um trabalho. Ate porque, como uma pessoa que tem o cabelo encaracolado, não é toda a gente que consegue manusear. No início preparava o meu cabelo para todos os trabalhos que ia e fiz isso durante os primeiros 3 ou 4 anos. Depois começaram a aparecer pessoas mais especializadas. O motivo pelo qual faço esta pesquisa é para perceber se a pessoa do outro lado vai ser capaz de realizar o seu trabalho com eficiência, o que muitas vezes não acontece. Estragar o cabelo, não acertar o tom da base.... Alias, uma das coisas que faço quando trabalho com uma pessoa nova é olhar para o kit de maquilhagem, para ver até onde vão os tons. Isso já diz muito sobre o profissional com quem estou a trabalhar. Pode ser uma análise superficial, mas confesso que raras são as vezes em que falha. Eu consigo perceber para que lado é que vai dar..., é triste que tenhamos de passar por isso. Modelos, como já aconteceu comigo, forçadas a fazer o seu próprio cabelo. Todas gostávamos de aparecer em set e ter o mesmo tratamento: sento-me na cadeira e tenho acesso a alguém que sabe o que está a fazer, que tem os produtos adequados, que tem a experiência necessária para exercer um cargo. Da mesma forma que faço editorial, runway, campanhas, ecommerce, tudo, o outro lado deve ter a mesma bagagem.


A tua estadia em Londres revelou-se um período de grande aprendizagem. Foi aí que foste apresentada a todas estas questões da indústria? Que conseguiste trabalhar com a tua timidez?


Acabei a escola em 2018 e tive um gap year. Mudei-me para Londres em 2019, tinha uma agência lá e acabei por ficar três anos lá. Foi um processo de transição de adolescente para adulta, estava sozinha noutro sítio, tinha responsabilidades, pagava contas, fazia as coisas da casa. Foi um choque bastante grande. Tínhamos a barreira linguística, eu falava inglês, mas não era assim tao fácil deixar de falar português. Já para não falar no sotaque britânico que no início era muito complexo. Viver num pais com normas diferentes das portuguesas. Havia muitos mais castings, trabalhava todos os dias da semana, ganhei muito mais experiência em diferentes departamentos da moda. Foi muito interessante opara me moldar ate a pessoa que sou hoje.


Agora tens algum poiso?


Tecnicamente é Portugal, não que passe muito tempo aqui. Mas a minha morada fiscal é portuguesa. (risos) O resto é onde a vida me levar.


Em 2022 desfilaste pela primeira vez para a Christian Dior. Como foi a experiência? Há um antes e depois desse acontecimento na tua carreira, na forma como as pessoas encaram o teu trabalho e na forma como tu mesmo te vês?


Não estava a espera. Estavam na parte de trás da minha cabeça e pensava que se acontecesse era bom. Sou muito ambiciosa mas não tinha pensado em especifico. Quando fiz o primeiro desfile em março do ano passado fiquei super feliz e orgulhosa. Foi um acordar do resto das pessoas, começaram a dar-me muito mais valor. O tipo de trabalho que comecei a ter alterou-se, fui exposta a outras marcas. Não digo um pré-Dior mas pré-2022, foi um processo que começou na minha estreia na semana de Moda de Nova Iorque, passei por Milão até chegar a Paris.


Sentes que estavas preparada? Ou foi algo que te abanou? Para alguém que não gosta de rotina parece bom...


Fez-me muito bem. As vezes sinto que estava a estagnar e aborreço-me com muita facilidade. Preciso ter algo novo sempre. Estou sempre a inventar coisas para fazer. Eu aí percebi que podia fazer mais e nada melhor do que descobri-lo na idade em que estou. Foi muito enriquecedor.


Eras a única portuguesa lá? É algo que alterou a tua presença aqui? No sentido de muitas vezes ser referido que ainda é necessária uma valorização externa para a sentirmos cá.


Não tenho a certeza se no primeiro, mas nos seguintes sim. Foi algo que me deu bastante orgulho. Das coisas que mais digo é ‘finalmente já sou alguém, uau agora já me dão valor’. Foi preciso ir la fora provar-me e só depois vou ser aceite em Portugal. É algo que me deixa desiludida porque já tinha valor antes de ir, só fui acrescentar mais bagagem. É triste que se tenha de passar quase por um bootcamp para chegar a uma fase em que sinto que mereço. Em Portugal sente-se muito aquela coisa de ‘vais la para fora então vale a pena’


A nossa autoestima passou por um período muito frágil. Agora parece que estamos finalmente a olhar para dentro e a valorizar mais.


Adotamos o estrangeirismo de uma forma extrema. E claro que tem consequências negativas principalmente numa nova geração que quer dar tanto pelo país e depois deparamo-nos com estes degraus que temos para ultrapassar. Não nos é dado um caminho. Sou da opinião que temos de trabalhar para o que queremos, mas não é bom vermos a dificuldade para lá chegar só porque somos portugueses. Porque se virmos um colega estrangeiro vai ter muito mais facilidade.


O que é que ainda queres fazer na moda? E fora dela?


Não tenho uma ambição especifica na moda. Quero trabalhar com novas marcas, diretores criativos, profissionais, artistas... Vou muito pela descoberta e ver o que o futuro me reserva. Gosto de olhar para o meu processo individual e ir tentando perceber ate onde posso chegar nesta indústria. Tudo o que a novidade ainda me possa oferecer. Da are pessoal quero continuar a desenvolver novos hobbies, aprender línguas.


Li que estavas a aprender piano.


Já não faço aulas há algum tempo, porque a minha vida caótica não me permite. Também gostava de desenvolver o francês. Não sei tanta coisa. No fundo, uma redescoberta pessoal e encontrar o meu lugar no mundo.


Só isso já ocupa muito tempo.


É um full-time job (risos)


Carla Pereira 1

Camisa Mango;

Blazer Alves Gonçalves;

Collants Wolford;

Chapéu Hurricane Hats;

Mocassim Sandro;

Brincos e luvas Philosophy

Carla Pereira 2

Camisa Mango;

Blazer Alves Gonçalves;

Collants Wolford;

Chapéu Hurricane Hats;

Mocassim Sandro;

Brincos e luvas Philosophy

Carla Pereira 3

Blusa Zara;

Blazer Max Mara;

Casaco Ysl;

Calça Alves Gonçalves;

Sapato Sandro;

Óculos Fendi;

Brincos Materiel;

Carla Pereira 4

Casaco Gant;

Calça Guess;

Cinto Francesca;

Chapéu Hurricane Hats;

Lenço e luvas Phylosphy

Carla Pereira 5

Blazer Caelle;

Brincos Call me gorgeous

Carla Pereira 6

Camisa COS;

Casaco Alves Gonçalves;

Collants Wolford;

Gravata Zara;

Cinto Francesca;

Brincos Materiel;

Sapatos Schutz

Carla Pereira 7

Blusa xxxx;

Calça Zara;

Brincos Materiel;

Cinto e luvas Phylosphy

Carla Pereira 8

Camisa Gaelle;

Saia Loewe:

Cinto Love 1985;

Brincos Materiel;

Collants Wolford;

Sapatos Schutz;

Luvas Phylosphy

Carla Pereira 9

Casaco A Última Face da Lua;

Saia Guess;

Chapéu Hurricane Hats;

Collants Wolford;

Óculos Fendi;

Lenço e luvas Phylosphy ;

Sapato Schutz

Carla Pereira 91

Casaco Ysl;

Chapéu Hurricane Hats;

Cinto Francesca;

Luvas Phylosphy

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Moda

Carla Pereira
Call Me Gorgeous

Nem tudo o que reluz é ouro, mas há coisas que valem mais do que o seu preço: na marca de acessórios de Luís Borges brilho é sinónimo de amor.

Tens mais de 15 anos de carreira enquanto modelo. A criação de algo em nome próprio sempre foi o objetivo? Como é que a ideia da Call Me Gorgeous se materializou?


A criação de um projeto relacionado com Moda esteve sempre na minha cabeça que, confesso, é um lugar em constante erupção de ideias. Tive uma experiência anterior à Call Me Gorgeous que me permitiu definir o foco inicial do negócio: os acessórios - que considero serem um complemento muito forte para a expressão da individualidade de cada um. Por vezes o acessório certo faz o look. Depois de definir o produto que queria vender, foi necessário reunir-me das pessoas e das equipas certas para potenciar a ideia ao máximo e criar uma marca que vá ao encontro dos padrões de qualidade e pormenor com os quais me identifico.


Call Me Gorgeous surge com o objetivo de celebrar a diversidade e a individualidade. Quais são para ti os pilares fundamentais da marca?


Na Call Me Gorgeous não existe qualquer tipo de preconceito quando pensamos no nosso público-alvo e no design das nossas peças. Somos muito livres criativamente - esse é o pilar fundamental - e queremos sempre suscitar reações na nossa audiência. Não queremos de todo ser indiferentes.


"Todos têm o direito de se sentirem gorgeous, todos os dias". O que é sentir-se gorgeous para ti?


Sentir-me gorgeous é sentir-me livre, feliz e rodeado de amor. É isso que queremos transmitir com a nossa marca e com todo o nosso trabalho, que cada um de nós tem o direito de ser livre e feliz independente da idade, corpo, orientação sexual, etnia ou escolha de vida. Precisamos de mais AMOR nos tempos e na sociedade em que vivemos.


Carla Pereira
Carla Pereira

Li que o convite para apresentares na ModaLisboa surgiu como uma surpresa, mas desde logo tornaste os desfiles da marca mais do que uma mostra de produto – são um acontecimento. De que forma olhas para o momento em passerelle? O quão é importante para ti aproveitares este holofote para incidir sobre outras pessoas talentosas?


A Associação ModaLisboa deu-me esta oportunidade e, com toda a minha experiência no mercado, sei que um desfile de Moda nunca deve ser só um desfile de Moda. Também tenho consciência de que um desfile de uma marca de acessório pode tornar-se aborrecido, por isso aproveito este momento para criar memórias nas pessoas. No primeiro desfile tomei a decisão de só usar modelos negros, para criar um statement em relação à beleza africana, e convidei um dos meus melhores amigos, o Miguel Nunes Esteves - bailarino da Companhia Nacional de Bailado, para em conjunto com outros extraordinários bailarinos criarem um momento GORGEOUS para que o público da ModaLisboa os pudesse conhecer. Para a última apresentação fiz um casting aberto para conhecer e convidar real people a fazer parte do nosso desfile e em conjunto apresentarmos diversos tipos de beleza. No desfile ainda convidei a Nenny para uma estrondosa atuação cheia de black power. Não faz sentido para mim, nem para a marca, aproveitar estas oportunidades sozinho.


Que legado queres deixar com a Call Me Gorgeous? Que planos estás a magicar – que possas partilhar – para o futuro?


A Call Me Gorgeous é um projeto que eu quero muito que cresça e que se torne uma marca com vários serviços, mas para já continuamos a apostar na linha de acessórios e para celebrar o segundo ano da marca, vamos abrir a nossa primeira loja física. Até agora não tivemos muitas oportunidades para ter o contacto direto com os nossos clientes e sentimos que esse era o passo que precisávamos de dar. Agora podem encontrar-nos na Rua Garcia de Orta, 71C - loja 8, em Lisboa.


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Equipa

Entrevista Patrícia Domingues

Fotografia @frederico__martins

Styling @carolroquuete_stylist

Cabelos e maquilhagem @sarafonseca_makeup

Assistente de fotografia @p.g.sa

Assistente de styling @titamendes6

Assistente de cabelos e maquilhagem @anacatarinarneves

Vídeo @raulepsousa

Retouching @jose_paulo_digitalart

Design @thisispacifica

Produção @larissamrsa

Location @big.little.family_productions

A SOLO agradece à @big.little.family_productions todo o apoio.

SOLO © 2024

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